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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

A política higienista da direita: Incêndios nas favelas e violência contra os moradores de rua

foto: pco.org.br

Ao mesmo tempo em que há um aumento da repressão aos moradores de rua pela Guarda Civil Metropolitana, há um aumento no número de incêndios nas favelas. A política higienista da direita visa atender a especulação imobiliária

O número de incêndios nas favelas de São Paulo tem se multiplicado.

No final de agosto, as favelas de São Miguel Paulista, na Zona Leste, do Areião, na Zona Oeste e na região da Mooca foram incendiadas.
Recentemente, a favela Sônia Ribeiro, na Zona Sul, também foi incendiada. Ficaram desabrigadas 1.140 pessoas. A favela ocupa 12 mil metros quadrados, dos quais 4,5 foram atingidos pelo incêndio.
Um menino de 15 anos teve queimaduras de primeiro e segundo graus na face e nas mãos e uma pessoa caiu de um barraco e fraturou as pernas.
Segundo os moradores, a origem do incêndio foi em um lixão, que fica ao lado da favela. Alguém possivelmente colocou fogo e causou o incêndio que se espalhou por toda a favela.
Os moradores relataram que não era a primeira vez que passavam por essa situação.
Alguns moradores montaram barracas no meio da rua e outros buscaram abrigo em entidades assistenciais.
A prefeitura afirmou que os 1.140 moradores já estavam cadastrados pela Secretaria Municipal de Habitação e que, portanto, vão receber auxílio-aluguel durante seis meses.
A ação rápida da prefeitura é um indício de que possivelmente se trata de um incêndio criminoso, ou seja, planejado pela própria prefeitura para desabrigar os moradores da favela.
Isso se soma ao fato de que já ocorreram mais de 30 incêndios em favelas em todo o ano.
Se fosse um problema meramente climático, os incêndios teriam ocorrido também em outras regiões, não unicamente em favelas.
Ao mesmo tempo, a política nazista do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab e do governador do Estado, Geraldo Alckmin leva a crer que todos esses incêndios foram causados de maneira proposital.
Em maio desse ano, Kassab tentou cassar a licença de trabalho dos camelôs. A prefeitura cassou 4 mil licenças, mas a Defensoria ganhou ação na Justiça contra a medida.
Outra medida higienista de Kassab foi a ação na cracolândia. A prefeitura mandou PM com bombas e gás lacrimogêneo para retirar usuários de crack da região.
A última medida aprovada por Kassab foi proibir entidades assistenciais de distribuir sopas aos moradores de rua.
O secretário municipal de Segurança Pública Edson Ortega chegou a declarar que as instituições que descumprissem a medida seriam punidas.
A violência da Guarda Civil Metropolitana (GCM) contra moradores de ruas é algo amplamente conhecido pela população.
A GCM rouba documentos, roupas e pertencentes dos moradores, além de agredir e torturá-los. Em reportagem à rede SBT, um guarda declarou que a ordem da prefeitura é que a GCM retire todos os moradores de rua do centro de São Paulo.
Existe inclusive uma ação do Ministério Público para que a prefeitura pague indenização a um fundo público pelas violações cometidas.
Alckmin foi o responsável por desalojar centenas de famílias do Pinheirinho, que agora está sendo leiloado por milhões de reais.
A política da direita é uma política higienista de afastar os pobres do centro da cidade e desapropriá-los de terrenos em favor da especulação imobiliária.
Os misteriosos incêndios nas favelas se somam a outras ações da prefeitura e do governo de São Paulo que demonstram se trata de uma política higienista.
Fonte: PCO.Org

Um comentário:

Djalma Menezes de Oliveira disse...

Quero ver a Elite higienizar o PCC paulista!